Atitudes e estratégias dos pais no contexto alimentar!
A
refeição familiar é o contexto social no qual a criança tem oportunidade de
comer com os irmãos, amigos e adultos que lhe servem de modelo e que dão
atenção a sua alimentação, ora elogiando-a e encorajando-a a comer, ora
chamando a atenção do seu comportamento à mesa. As evidências sugerem que os
alimentos com baixa palatabilidade, como os vegetais, são oferecidos em
contexto negativo, normalmente envolvendo coação para a criança comer.
Ao contrário, os alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são oferecidos em um contexto positivo, potencializando a preferência para estes alimentos. Frequentemente são esses os alimentos utilizados em festas e celebrações, ou como recompensa para a criança comer toda a refeição, em uma interação positiva, tornando-se assim os preferidos.
Ao contrário, os alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são oferecidos em um contexto positivo, potencializando a preferência para estes alimentos. Frequentemente são esses os alimentos utilizados em festas e celebrações, ou como recompensa para a criança comer toda a refeição, em uma interação positiva, tornando-se assim os preferidos.
A interação positiva pode dar lugar a interações
negativas, com os pais utilizando estratégias coercitivas. À medida que as
crianças são pressionadas e coagidas a comer um determinado alimento, que os
pais acreditam ser bom para elas, diminui a sua preferência por este alimento
ou sabor.
O controle externo é usualmente exercido para a criança aumentar o consumo de uma alimentação variada e a quantidade ingerida, ou, ao contrário para a criança não comer aquilo que os pais consideram ruim. Todavia o que a criança aprende com estas interações não é o intencionado pelos pais. Nestas situações, as crianças aprendem a gostar menos dos alimentos consumidos por coação, mesmo na existência de uma recompensa, o que resulta em uma resposta de oposição, e a criança pode passar até a detestar tal alimento. Tanto a recompensa quanto a coação são estratégias utilizadas pelos pais como formas de alimentação instrumental.
O controle externo é usualmente exercido para a criança aumentar o consumo de uma alimentação variada e a quantidade ingerida, ou, ao contrário para a criança não comer aquilo que os pais consideram ruim. Todavia o que a criança aprende com estas interações não é o intencionado pelos pais. Nestas situações, as crianças aprendem a gostar menos dos alimentos consumidos por coação, mesmo na existência de uma recompensa, o que resulta em uma resposta de oposição, e a criança pode passar até a detestar tal alimento. Tanto a recompensa quanto a coação são estratégias utilizadas pelos pais como formas de alimentação instrumental.
Esta
característica instrumental dada aos alimentos como, por exemplo, “acabe de
comer suas verduras e você pode comer a sobremesa”, é uma estratégia que pode
influenciar sistematicamente no desenvolvimento de preferências alimentares e
no próprio comportamento alimentar infantil. O uso de estratégias de reforço,
com alimentos usados instrumentalmente, produz um efeito imediato, mas de curto
prazo.
Porém, a longo prazo, promove uma ação negativa na preferência do alimento consumido. Nessas contingências, o uso de alimentos como recompensa para aumentar o consumo de alimentos pouco palatáveis confunde as funções do alimento, fazendo com que as estratégias utilizadas se oponham ao estabelecimento de padrões alimentares nutritivos para a criança. Essas estratégias acabam, na verdade, produzindo efeitos adversos nas preferências para alguns alimentos.
Porém, a longo prazo, promove uma ação negativa na preferência do alimento consumido. Nessas contingências, o uso de alimentos como recompensa para aumentar o consumo de alimentos pouco palatáveis confunde as funções do alimento, fazendo com que as estratégias utilizadas se oponham ao estabelecimento de padrões alimentares nutritivos para a criança. Essas estratégias acabam, na verdade, produzindo efeitos adversos nas preferências para alguns alimentos.
Fundamentado no pressuposto de que os pais podem
exercer influências diretas na alimentação das crianças, tanto com peso normal,
como com sobrepeso, foi realizado um estudo nos Estados Unidos, empregando um
método de base etológica desenvolvido pelos autores. Através de observações e
filmagens das refeições em ambiente natural, este estudo buscou avaliar
diretamente o efeito da interação pais e filhos na ingesta alimentar de
crianças com idade média de 23,9 meses. Estas interações foram caracterizadas
pelas estratégias verbais dos pais sobre alimentação durante a refeição
familiar, e foram categorizadas para fins de análise.
Os resultados demonstraram que as
mães induzem mais a criança a comer do que os pais. A categoria “encorajamento
para comer” com estratégias que sugerem, comandam e dirigem o consumo de
alimentos da criança, foi fortemente correlacionada ao peso apresentado pela
criança. A categoria “apresentar alimentos”, colocando os alimentos próximos à
criança, ou seja, expor o alimento à criança não foi significativamente
correlacionada ao peso da criança. Já a categoria “oferecer alimentos”,
questionando se a criança quer mais alimento, por exemplo, “quer mais um
bolinho?”, foi moderadamente correlacionada com o peso da criança.
Estas duas últimas categorias envolvem uma indução leve à criança comer, enquanto que a categoria “encorajamento para comer” é uma forte indução, por exemplo, “coma sua comida”. Segundo os autores a intensidade da indução alimentar é um melhor preditor do peso da criança do que a presença ou ausência de indução.
O estudo ainda demonstrou que as crianças que se encontravam com peso normal não receberam nenhum encorajamento para comer ou oferecimento de alimentos, enquanto crianças com peso acima da média normal (sobrepeso) receberam em torno de 30 a 36 encorajamentos para comer ou oferecimento de alimentos durante a refeição.
Estas duas últimas categorias envolvem uma indução leve à criança comer, enquanto que a categoria “encorajamento para comer” é uma forte indução, por exemplo, “coma sua comida”. Segundo os autores a intensidade da indução alimentar é um melhor preditor do peso da criança do que a presença ou ausência de indução.
O estudo ainda demonstrou que as crianças que se encontravam com peso normal não receberam nenhum encorajamento para comer ou oferecimento de alimentos, enquanto crianças com peso acima da média normal (sobrepeso) receberam em torno de 30 a 36 encorajamentos para comer ou oferecimento de alimentos durante a refeição.
Portanto, de um modo geral, os resultados
demonstraram a influência das estratégias utilizadas pelos pais na alimentação
das crianças com resultado no seu peso.
Fonte: IPGS -
Instituto de Pesquisa Ensino e Gestão em Saúde
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