terça-feira, 30 de outubro de 2012

ARTRITE REUMATÓIDE OU ATRÓFICA


ARTRITE REUMATÓIDE OU ATRÓFICA 

     É uma condição inflamatória crônica, debilitante e frequentemente deformante, tendo grandes repercussões individuais, sociais e econômicas. É uma doença inflamatória crônica que afeta todo o corpo, inclusive as membranas sinoviais das articulações. As mais tipicamente envolvidas são as mãos, os pés, punhos, tornozelos e joelhos.
        É uma reação auto-imune, onde anticorpos se desenvolvem contra os componentes dos tecidos articulares, o que desencadeia esta reação pode ser genético, fatores de modo de vida, alergias alimentares e microrganismos , também associada à função anormal do intestino, porque os artríticos têm maior permeabilidade intestinal aos antígenos dietéticos e bacterianos, assim como alterações na flora intestinal.



SINTOMAS

       O indivíduo sente vaga dor articular, febre baixa, fadiga, fraqueza, rigidez articular, podem aparecer articulações edemaciadas  e dolorosas em várias semanas. Pode ocorrer dor articular forte com muita inflamação que começa nas articulações pequenas, mas afeta progressivamente todas as articulações do corpo, causada pelo acúmulo de líquido na membrana de revestimento articular e pela inflamação dos tecidos subjacentes.
    A inflamação e a dor nas articulações geralmente começa nas mãos e nos pés, porém podem apresentar-se na coluna vertebral ou em outras áreas. Esta doença quando não tratada adequadamente poderá impedir a pessoa de movimentar-se, uma vez que é uma patologia deformante e debilitante.
    É diferente da artrose porque esta se estende-se por todo o corpo inflamando a cartilagem e membrana sinovial ao redor dos ossos ocasionado a saída do líquido gorduroso que serve para lubrificar e proteger os ossos contra atritos e desgaste. O tempo frio e úmido faz muito mal para o artrítico, a pessoa apresenta dificuldade para o trabalho manual e para caminhar (principalmente se for obeso).

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 

Preferir:
  • alimentos com nutrientes antiinflamatórios/ antixiodante: vitamina C (pimentão vermelho e amarelo, acerola, tomate, caju, laranja, limão); vitamina E ( gérmen de trigo, amêndoa, castanha - do - pará, abacate); bromelina (abacaxi); cobre (grãos integrais, fígado, amêndoas); ômega 3 (sardinha, atum, salmão, cavala, óleo de fígado de bacalhau, espinafre, couve, bertalha);  
  • azeite de oliva, óleo de canola, margarina com até 40% de lipídios;
  • chá de manjericão: para dor reumática; 
  • extrato/ chá de gengibre: antiinflamatório.
Evitar:
  • açúcar refinado, farinha refinada de trigo ou milho; 
  • álcool, chá preto, chá mate, café, refrigerantes à base de cola;
  • alimentos associados a possíveis reações alérgicas: carne de porco, boi, leite e derivados, milho, frutos do mar, ovos, soja, centeio, aveia, trigo e uva.
Atenção: Cada ser humano é único, portanto deve ser tratado com individualidade. Procure sempre ajuda médica para diagnóstico e tratamento. E para um melhor resultado do tratamento procure um Nutricionista para avaliar quais os alimentos permitidos ou não.

Referência Bibliografica:


COSTA, Eronita de Aquino. Manual de fisiopatologia e nutrição / Eronita de Aquino Costa. 3ª Ed.págs. 193 – 195  – Petropólis, RJ : Vozes, 2007.

LEÃO, Leila Sicupira Carneiro de Souza; GOMES, Maria do Carmo Rebello. Manual de nutrição clínica: par atendimento ambulatorial do adulto. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.











 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Obesidade Infantil


Atitudes e estratégias dos pais no contexto alimentar!

        A refeição familiar é o contexto social no qual a criança tem oportunidade de comer com os irmãos, amigos e adultos que lhe servem de modelo e que dão atenção a sua alimentação, ora elogiando-a e encorajando-a a comer, ora chamando a atenção do seu comportamento à mesa. As evidências sugerem que os alimentos com baixa palatabilidade, como os vegetais, são oferecidos em contexto negativo, normalmente envolvendo coação para a criança comer.
      Ao contrário, os alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são oferecidos em um contexto positivo, potencializando a preferência para estes alimentos. Frequentemente são esses os alimentos utilizados em festas e celebrações, ou como recompensa para a criança comer toda a refeição, em uma interação positiva, tornando-se assim os preferidos.
      A interação positiva pode dar lugar a interações negativas, com os pais utilizando estratégias coercitivas. À medida que as crianças são pressionadas e coagidas a comer um determinado alimento, que os pais acreditam ser bom para elas, diminui a sua preferência por este alimento ou sabor.
     O controle externo é usualmente exercido para a criança aumentar o consumo de uma alimentação variada e a quantidade ingerida, ou, ao contrário para a criança não comer aquilo que os pais consideram ruim. Todavia o que a criança aprende com estas interações não é o intencionado pelos pais. Nestas situações, as crianças aprendem a gostar menos dos alimentos consumidos por coação, mesmo na existência de uma recompensa, o que resulta em uma resposta de oposição, e a criança pode passar até a detestar tal alimento. Tanto a recompensa quanto a coação são estratégias utilizadas pelos pais como formas de alimentação instrumental.
      Esta característica instrumental dada aos alimentos como, por exemplo, “acabe de comer suas verduras e você pode comer a sobremesa”, é uma estratégia que pode influenciar sistematicamente no desenvolvimento de preferências alimentares e no próprio comportamento alimentar infantil. O uso de estratégias de reforço, com alimentos usados instrumentalmente, produz um efeito imediato, mas de curto prazo.
    Porém, a longo prazo, promove uma ação negativa na preferência do alimento consumido. Nessas contingências, o uso de alimentos como recompensa para aumentar o consumo de alimentos pouco palatáveis confunde as funções do alimento, fazendo com que as estratégias utilizadas se oponham ao estabelecimento de padrões alimentares nutritivos para a criança. Essas estratégias acabam, na verdade, produzindo efeitos adversos nas preferências para alguns alimentos.
    Fundamentado no pressuposto de que os pais podem exercer influências diretas na alimentação das crianças, tanto com peso normal, como com sobrepeso, foi realizado um estudo nos Estados Unidos, empregando um método de base etológica desenvolvido pelos autores. Através de observações e filmagens das refeições em ambiente natural, este estudo buscou avaliar diretamente o efeito da interação pais e filhos na ingesta alimentar de crianças com idade média de 23,9 meses. Estas interações foram caracterizadas pelas estratégias verbais dos pais sobre alimentação durante a refeição familiar, e foram categorizadas para fins de análise.
   Os resultados demonstraram que as mães induzem mais a criança a comer do que os pais. A categoria “encorajamento para comer” com estratégias que sugerem, comandam e dirigem o consumo de alimentos da criança, foi fortemente correlacionada ao peso apresentado pela criança. A categoria “apresentar alimentos”, colocando os alimentos próximos à criança, ou seja, expor o alimento à criança não foi significativamente correlacionada ao peso da criança. Já a categoria “oferecer alimentos”, questionando se a criança quer mais alimento, por exemplo, “quer mais um bolinho?”, foi moderadamente correlacionada com o peso da criança.
   Estas duas últimas categorias envolvem uma indução leve à criança comer, enquanto que a categoria “encorajamento para comer” é uma forte indução, por exemplo, “coma sua comida”. Segundo os autores a intensidade da indução alimentar é um melhor preditor do peso da criança do que a presença ou ausência de indução.
   O estudo ainda demonstrou que as crianças que se encontravam com peso normal não receberam nenhum encorajamento para comer ou oferecimento de alimentos, enquanto crianças com peso acima da média normal (sobrepeso) receberam em torno de 30 a 36 encorajamentos para comer ou oferecimento de alimentos durante a refeição.

 
Portanto, de um modo geral, os resultados demonstraram a influência das estratégias utilizadas pelos pais na alimentação das crianças com resultado no seu peso.


Fonte: IPGS - Instituto de Pesquisa Ensino e Gestão em Saúde

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Candidíase: alimentação adequada pode ajudar no tratamento

Embora muitas pessoas não saibam, nosso corpo serve como habitat para uma série de microorganismos que convivem em harmonia, principalmente em nosso sistema digestório. Muitas situações como estresse, uso de medicamentos, quimioterápicos e doenças como diabetes podem fazer com que haja uma quebra deste equilíbrio, abrindo espaço para o supercrescimento de certos microorganismos, o que pode gerar doenças.


 
A cândida  é um tipo de fungo que afeta mulheres e homens de todas as idades. Quando há um crescimento exagerado deste fungo no nosso corpo evidenciado por exemplo nas situações que levam à baixa imunidade (estresse, períodos de fadiga, de má alimentação, em portadores de doenças como câncer, após tratamentos desgastantes), o organismo experimenta um quadro de candidíase, que, embora de difícil diagnóstico merece tratamento e atenção.

Os sintomas da candidíase podem surgir em diversos sistemas do corpo. No sistema digestório, pode haver náuse, flatulência (gases), alergias alimentares e alterações do funcionamento intestinal como diarréia ou constipação (intestino preso). Na pele, certas alterações, como a acne, podem estar relacionadas. As infecções vaginais freqüentes nas mulheres e as prostatites nos homens também podem ser causadas pela candidíase.

Embora o primeiro passo seja uma avaliação médica, alguns cuidados com a alimentação podem ser extremamente importantes para o controle da candidíase e tem como base a alimentação equilibrada, capaz de evitar carências nutricionais.

O controle alimentar deve ser personalizado, elaborado após criteriosa avaliação. A dieta deve oferecer nutrientes básicos para um excelente funcionamento imune como selênio, zinco, vitamina E, biotina. Alguns estudos têm demonstrado que o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares (doces, bolos, tortas, pães, balas, chocolates) pode estimular o crescimento do fungo. Além disto, excessos de bebida alcoólica e de cafeína são contra-indicados.

Outro ponto importante é o cuidado com o consumo de alimentos mais suscetíveis à contaminação por fungos como o amendoim (paçocas, doces de amendoim), milho, castanha de caju e o coco ralado. A atenção ao consumo de carnes também é importante já que os animal pode ter ingerido alimentos contaminados. Deve-se ainda eliminar a ingestão de queijos e pães com a presença de fungos, cogumelos e alimentos fermentados como a própria cerveja.

A substituição do leite comum pelo “extrato de soja (leite de soja)” também é uma alternativa já que a lactose, um açúcar encontrado nos laticínios pode “alimentar” o fungo.

O consumo de alimentos capazes de melhorar o sistema imune está totalmente indicada. Assim, além de evitar excessos de gorduras saturadas e trans, podemos fortalecer nossas defesas ingerindo lipídos “do bem” aumentando o consumo de azeite de oliva além de incluir o Ômega 3, presentes nos peixes (salmão, sardinha, atum) e na linhaça.

Os estudos feitos com alimentos funcionais (aqueles que além da função de nutrição, podem evitar doenças, amenizar sintomas e produzir reações benéficas à nossa saúde) também indicam que os probióticos devem ser usados no tratamento alimentar da candidíase. Os probióticos, encontrados no iogurte, nos leites fermentados ou até mesmo na forma de suplementos (cápsulas ou sachês) são bactérias benéficas capazes de melhorar nossa flora e assim o nosso sistema imune. Se utilizados juntamente aos prebióticos tem melhor ação. Estes últimos, encontrados também na forma de suplementos ou presentes em alimentos como a farinha da banana verde e na batata “Yacon”, são carboidratos não digeríveis que também melhoram nossa flora.

Os alimentos indicados para controle da candidíase não param por aí. Estudos também têm sido realizados com alimentos como cebola, alho (rico em alicina, uma substância antiinflamatória e antifúngica), óleo de coco e algas marinhas.

Todo o trabalho de orientação alimentar para a controle da candidíase deve ser conduzido por uma profissional, conciliando orientação dietética ao cuidado médico. O importante é que o portador da candidíase entenda as diversas opções que ele têm a disposição para amenizar o problema muitas vezes desagradável.
 
Outro problema bastante recorrente e visto na parte clinica é a infecção urinária que atinge mais mulheres do que homens, más lembrando que os homens não estão fora de desenvolver essa infecção. Segue um alimento bastante promissor para a prevenção e/ou tratamento da infecção uninária.
 
 
 
Fonte: Nutrício - Assessoria e Consultoria Nutricional